Poesia

uma travessia incentiva o caminhante um grito nem sempre é de despedida um abraço forte elimina o cansaço
FEITO “UM PEDAÇO DE CHUVA NO BOLSO” – Quantas orações saem de seus lábios? Onde são forjadas as sombras? De qual abismo se retiram os espinhos que colocam no seu corpo? Ele acorda. O corpo reclama um pouco de verdade. Paciência. Essa é sempre a resposta.
Você sabotou o voo dos besouros, eles flagelam os clarões, enquanto escorre sombra pelos cantos da sua boca
torço e estrangulo meus pulmões aniquilando de vez esse ar parapeito de serviçais escarros e escárnios de uma gruta espúria, uma resma súbita de lareiras escorregadias e covardes
Morro como um cavalo cego deitado na relva, descarrilado pelos saltos em abismos