Prosa

O Menino respirava o ar da roça como se sua vida fosse ser infância eterna. A manhã se fantasiava de um cheiro forte de café que quase se fixava nos tijolos,…
Cadê Zélia Suave? O Velho não sabe, mas a igreja comprou o cinema pornô. E ele nem nota que entrou na casa errada. Onde anda minha poltrona? Está esclerosado, debilitado. Nem vê a iluminação da sala. Atirando luz celeste em todo mundo.
Tila tinha dois irmãos, Rita e Luizinho, o mais novo. Com Rita dividia a bicicleta vermelha, enferrujada nas extremidades, barulhenta de arame solto perto das rodas,
A terceira margem do rio é talvez um dos contos mais famosos da literatura brasileira, sendo adaptado para o cinema e inspirando compositores da música. Escrito por Guimarães Rosa, foi publicado no livro Primeiras Estórias, de 1962.
Talvez, dos gêneros literários, seja o mais visitado por candidatos a escritor. Devido a pouca extensão, e por consequência a falsa sensação de simplicidade, muitos iniciam-se pela narrativa curta como uma espécie de exercício formal para o romance
O bicho repaginava o mundo. Contudo, sempre inacabava as suas obras. Ao fio e ao cabo, ela já amealhava uma porção de teias que só ganhavam senso no rebrilho das manhãs.
um sol desdenhoso arranha o dia: ele espia miúdo, casmurro, bate em minhas pálpebras desnorteadas,  dia feio, arremato, as nuvens eriçadas ousam sequestrar a luz, a alegria, o ânimo, a firmeza: avançam, as blusas, as jaquetas se preparam no guarda-roupas
um filete de melancolia sangra um sol que nasce cansado, um sol filtrado por olhos saturados, uns olhos aturdidos por aquela enganosa promessa de conforto, agora não podemos mais duvidar da eloquência dessa paralisia, helena: pequenos seixos miram nossas testas e