conto

Clarice não escreve: Ela recria a língua. Em sua prosa é quase música. As frases não obedecem à gramática normativa, mas a uma lógica interior, visceral…
Em noites de lua cheia, amava contar relatos sobre visagens, encantados e lendas que só existiam na Ilha do Marajó. Histórias sobre a Matinta Perera, Boto cor de Rosa, Cobra Grande, Mãe d’água, Caruanas e tantas outras entidades
Os sucessivos relâmpagos e trovões que o tempo oferecia, assustavam-no sobremaneira que tremia de medo e frio.
Em “Ter ou não ter”, Luís Fernando Verissimo transforma o tempo em ironia: a vida é a travessia entre ainda não ter idade e não ter mais idade.
Neste livro de pequenas histórias, Edmir Carvalho Bezerra costura realismo mágico, memória afetiva e encantamento com a linguagem poética das contações amazônicas.
Cada canoa, de longe, vai parecer igualzinha a minha e toda fala e riso no silêncio, vai parecer que é o meu irmão voltando na nossa canoa
– Sonhei com essa mulher que sonha – disse. Matilde quis que ele contasse o sonho. – Sonhei que ela estava sonhando comigo disse ele. – Isso é coisa de Borges – comentei.
— Meus senhores — disse ele, com a voz suave, e tranquilidade invejável que parecia até um Monge  —, o povo já está acordando, e exige desenvolvimento.