Acesso ou cadastro Autor(a)

posts em: Ver-O-Poema

Jorge de Lima (1893-1953) é um dos pilares do Modernismo brasileiro. Sua obra transita entre o Nordeste mítico, a religiosidade profunda, o lirismo cotidiano e a experimentação formal.
Os primeiros meninos que viram o volume escuro e silencioso que se aproximava pelo mar imaginaram que era um barco inimigo.
Pirataria em pleno ar. A faca nas costelas da aeromoça. Flocos despencando pelos cantos
As cigarras começaram de novo, brutas e brutas. Nem um pouco delicadas as cigarras são.
Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria
Santos, nesga, naco mítico emprestado do mar, belo mar selvagem cantado por seu maior poeta, Vicente de Carvalho.
Chora de manso e no íntimo… Procura Curtir sem queixa o mal que te crucia: O mundo é sem piedade e até riria Da tua inconsolável amargura.