Ver-O-Poema

– Sonhei com essa mulher que sonha – disse. Matilde quis que ele contasse o sonho. – Sonhei que ela estava sonhando comigo disse ele. – Isso é coisa de Borges – comentei.
— Meus senhores — disse ele, com a voz suave, e tranquilidade invejável que parecia até um Monge  —, o povo já está acordando, e exige desenvolvimento.
Deus tocou novamente meu coração, num alaúde cósmico trouxe as vozes da babilônia e do cerrado.
O que esperar do livro Cabeza de serpiente emplumada, que o leitor tem em mãos? O título remete ao nome de uma divindade asteca: Quetzalcoatl, o deus do vento, do ar e da aprendizagem.
Não tive eu uma vez uma juventude amável, heroica, fabulosa, para ser escrita em folhas de ouro
Carregaram o caixão como quem carrega um dicionário de palavras extintas — só que o caixão era o próprio livro, grosso, pesado, cheirando a mofo e choro de tinta.
Tem memória erótica por trás dum monte. Tem certeza de um amor sentido. Tem memória d’outro amor partido.
Ler Shakespeare é entrar em contato com o coração da literatura, ou com algo que parece maior do que literatura