Jorge de Lima: Solilóquio, Nordeste e Outros Poemas Essenciais
Jorge de Lima (1893-1953) é um dos pilares do Modernismo brasileiro. Sua obra transita entre o Nordeste mítico, a religiosidade profunda, o lirismo cotidiano e a experimentação formal.

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Jorge de Lima (1893-1953) é um dos pilares do Modernismo brasileiro. Sua obra transita entre o Nordeste mítico, a religiosidade profunda, o lirismo cotidiano e a experimentação formal.
Os primeiros meninos que viram o volume escuro e silencioso que se aproximava pelo mar imaginaram que era um barco inimigo.
Pirataria em pleno ar.
A faca nas costelas da aeromoça.
Flocos despencando pelos cantos
As cigarras começaram de novo, brutas e brutas.
Nem um pouco delicadas as cigarras são.
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Será o Benedito!… — ♦ — A primeira vez que me encontrei com Benedito, foi no dia mesmo da minha
Ela estava sentada junto da janela vendo a noite invadir a avenida. A cabeça estava apoiada contra as cortinas, e no nariz estava o cheiro do cretone empoeirado. Ela estava cansada.
Quem se lembra de quando o Homem de Lata aparece para Dorothy em o Mágico de Oz?