
a velha hasteia o galho, há no semblante uma combinação de justiça e repulsa, os ramos de arruda descem violentamente a um palmo do focinho de lúcifer e principiam um balé de bênçãos e outras dissimulações, ela batiza o cachorro: nomeio-te emanuel!, tu não és mais o tinhoso: é admirável uma analfabeta se expressar com essa solenidade, o dobermann arregaça a boca, os dentes ferroam a brincadeira, jamais aportariam na carne desusada da benzedeira, que repete emanuel emanuel e o animal interpreta algum comando naquele vocábulo, alguma determinação para saltitar, para se divertir, eu acompanho essa nova investida de mamãe, enquanto manejo uma pequena bola: lúcifer, chamo, e o bicho dispara até meus braços e lambe minha mão.
Lido!