Neste livro de pequenas histórias, Edmir Carvalho Bezerra costura realismo mágico, memória afetiva e encantamento com a linguagem poética das contações amazônicas.
Cada conto é um fragmento de um mundo onde o insólito se mistura à crônica do cotidiano: Um pássaro que chora e anuncia presságios; a mulher que pode virar porca; uma cabeça de peixe; o último barco levando um príncipe de palavras; um lavrador cego de luz, pleno de sabedorias.
A coletânea se constrói como um mural de vozes e lendas ribeirinhas. Nas ruas estreitas, na aldeia, às margens do rio, há sempre uma memória a se luzir em encantamentos. O fantástico não está longe: ele mora nas perdas, nas ausências, nas infâncias partidas, nos olhos dos mortos, nos animais que falam, nos homens que choram.
Com estilo sensível e linguagem carregada de imagens líricas, Edmir convida o leitor a atravessar essas águas encantadas, onde as histórias ainda fulgem uma luz misteriosa — Como um pássaro que aprendeu a chorar no coração da noite.
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