“Pelos azuis que te aguardam” e “Rota infinita” – Poemas de José Inácio Vieira de Melo

PELOS AZUIS QUE TE AGUARDAM / ROTA INFINITA

Canção e poema de José Inácio Vieira de Melo. “Adeus”, poema de José Inácio, do livro “A infância do Centauro” (2007), foi musicado pelo cantor e compositor paraibano Tadeu Mathias e virou a canção “Pelos azuis que te aguardam”. Já “Rota infinita” é um poema do livro “Garatujas Selvagens” (2021), também presente na antologia “O filho do Sol”(2025), comemorativa dos 55 anos do poeta. O vídeo foi gravado em 9 de agosto de 2025, no Terreiro de Poesia, na Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, em Salvador, no estado da Bahia, Nordeste do Brasil, durante a FLIPELÔ – Festa Literária Internacional do Pelourinho, da qual José Inácio é um dos curadores. Nesta edição de 2025 homenageamos Dias Gomes, grandioso dramaturgo brasileiro. A filmagem foi feita pela Luzeiro Filmes.

ADEUS (PELOS AZUIS QUE TE AGUARDAM)

Vai, meu passarim, segue teu rumo.
Vai e frequenta as esferas que te esperam.
Uma noite teu sonho atravessou minha seara
e foi uma revoada de alegria.
Agora chegou o momento de tua energia
buscar outras vibrações, outros horizontes.
Estende tuas asas pelos azuis que te aguardam.

§§

ROTA INFINITA

Minhas palavras estão sem sono
e o silêncio grita teu nome, mar que admiro.

Com os sentidos atentos, canto aos céus,
aguardando teus gestos se desenvolverem.
E quando chega a noite, tua estrela cresce
na minha respiração, nas minhas veias.

A tua imagem entra pelas minhas retinas
e acende lâmpadas nas minhas células
e meu animal interior orvalha poesia.

E todas as sensações vibram pela caatinga
e sinto viagens que não se explicam.
O amor tem sempre rota infinita.

***

Autor

  • José Inácio Vieira de Melo​ (1968), alagoano radicado na Bahia, é poeta, jornalista e produtor cultural. Publicou nove livros de poemas, dentre eles Sete (Rio de Janeiro: 7Letras, 2015), Entre a estrada e a estrela (Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2017), Garatujas selvagens (Cajazeiras: Arribaçã Editora, 2021). Publicou também as antologias 50 poemas escolhidos pelo autor (Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2011) e O galope de Ulisses (São Paulo: Editora Patuá, 2014). Conquistou alguns prêmios, dentre eles destacam-se o Prêmio O Capital 2005, com o livro A terceira Romaria, o Prêmio QUEM 2015, na categoria Literatura – Melhor Autor, com o livro Sete e o Prêmio de Poesia Hilda Hilst, da UBE/RJ 2022, com o livro Garatujas Selvagens. Tem poemas traduzidos para alemão, árabe, espanhol, finlandês, francês, inglês e italiano.

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