O confesso entusiasmante
Desde os primeiros minutos que a minha vista alcançou
o rosto tão brilhante do mundo,
o meu coração bateu no fundo,
e algo aconteceu que o meu país se perdeu,
com vozes de sussurros de que
o que me pertencia, não era meu,
Isto não deu, porque o errado se cometeu.
Nesta vertente, quando argumento,
eu lamento e confesso
que o meu espírito fica de gesso,
com tantos argumentos contagiantes
como um gigante de regresso,
já que não tem existido espaço,
para ver o que faço,
passo momentos difíceis como estivesse transformado em aço,
todavia, não resta dúvida dizer
que quando pertenço, não mereço,
e quando mereço não pertenço.
O CONFESSO ENTUSIASMANTE,
desde o meu berço,
nunca tive uma amante,
algo difícil de compreender e acreditar enquanto alarmante,
cresci a usar camisolas
e sapatos sem solas,
não hoje que o jovem usa a camisa,
e quando faço analepse da minha mocidade só me dá lisa,
se eu tentar confrontá-lo, ele me pisa,
porque eu sou preto,
e ele sonha de ser mulato,
as coisas pioram quando ele estiver
com a sua namorada Isa,
mesmo nas minas ele vai,
sem prestar as contas lá nas INAS,
por se ocupar bastante com coisas das esquinas.
Mesmo tendo vivido momentos circunstanciais de adversidades
desde a minha infância,
quando me tornei Homem,
não tenho nenhum pesadelo na minha consciência,
considero as trevas como os meus momentos de resistência,
com um foco principal de manter a minha permanência,
ignorando assim a existência do substantivo designado desistência,
porque o que me importa nesse precioso momento é a ciência,
por mais que seja ela alcançada à distância porque a maioria alega optar
em sua experiência, a qual não me dá credibilidade para fazê-la continência!
Porque a experiência por si só
sem a ciência, é uma eminência!
Se estiverdes atento,
os meus sentimentos eu não expresso,
mas sim confesso.
O sofrimento, cada vez mais
ensina-me o bom momento,
por isso em algum momento eu paro,
reflito e argumento sem nenhum aumento,
uma vez que descobri que com choros
só não alimento,
mas sim me torno um ser ciumento.
E se eu disser que os momentos circunstanciais vividos por mim,
nessa terra podes não conseguir encarar,
por não ter nenhuma fórmula para encerrar,
tu não vais acreditar,
mas sim vais querer me debilitar,
porque o teu slogan sempre será:
quando invejo não desejo,
e quando desejo não invejo,
comportando-se deste modo
como um percevejo.
Até podes me perguntar,
qual é o teu ou meu desejo?
Não te darei nenhuma resposta
porque nem em frente e nem atrás,
nem de lado não vejo.
Visto que a minha volta,
está rodeada de caranguejo,
nesta senda de maturidade,
a minha situação ganha
o princípio da acção,
quando abandonas os vícios
porque não trazem benefícios
em todos sítios dos ímpios,
várias vezes na minha mocidade
em todos os meses tentava criar muito laço,
que hoje me tornei Homem não faço,
como forma paradigmática de evitar colapso.
Marcelino Roque Munine

Muito bom!
Obrigado prezado Jovem!