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“A Poligamia do Poder”, ensaio poético de Marcelino R. Munine. Reflexão sobre poder e desigualdade na África

A Poligamia do Poder

Pintura de João Timane, renomado artista moçambicano – obra visual que dialoga com a crítica social do texto 'A Poligamia do Poder'
Obra de João Timane (Moçambique)

A Poligamia do Poder, é um fenómeno socialmente pecaminoso, por ser o resultado de um animal ambicioso que pratica acções sem ou com o saber que está sendo possuído pelo poder característico de um criminoso. A Poligamia do Poder, é um verme que possui redes e antenas com um sistema sistematizado sem efeitos das acções que se conduzem, porque não produzem.

A Poligamia do Poder é uma arte do carácter de um Tangala, o qual apodera uma árvore, portanto não usurpa das suas frutas, esse fenómeno é tão prejudicial, e crucial, e sem contas pode levar o animal ao Tribunal Judicial pela prática de acção antisocial.

Essas são as verdades das celebridades da poligamia do poder, é chefe de família de um curral de bois, portanto tem filhos, netos e bisnetos que necessitam e carecem de sua atenção.

Pela arrogância e ignorância, passa a vida sem nem atingir os seus objectivos, dado que também deve ao mesmo tempo ir atender uma Capoeira e uma Gaiola que também têm os outros princípios discrepantes do tratamento do seu curral.

Vejamos só com essas efemérides não há nenhum moral, por mais que se considere algo normal, porém no seu interior tem artefacto fraudulento e brutal. Até na Bigamia seria possível, mas quando se olha pelo seu nível, nada é diferente porque tudo é eminente.

Enquanto ficas atento em cuidar bem de um curral, a capoeira e gaiola também necessitam do mesmo tratamento equitativo e até democrático como se diz. No tempo de primavera, ou podemos falar do tempo frio, sempre vai-se notar a falta do sombrio. Até querendo não acreditar pode surgir um tio.

E é assim que hoje às as coisas podem acontecer, ao amanhecer e ao anoitecer, o que significa ao nascer e ao por do sol, as coisas acontecem sem nenhum atenuante de etanol.

Ora vejamos, no momento em que deverias gerir os assuntos do curral, os tempos se vão e ninguém deve decidir para que os animais prossigam, e no momento em que deverias atender ou cuidar dos assuntos da capoeira e ou da gaiola, os tempos se vão e ninguém deve decidir da maneira que querias que as coisas acontecessem.

É assim que as coisas param, e a capoeira se despulha, porque a linha não passa pela sua própria agulha, a gaiola se viola, e começa a ter doenças, como a variola, os animais se dispersam e ficam sem ninguém para os dirigir, e o inimigo de outras espécies de animais, aproveita o fracasso da ordem de desordem, para pouco a pouco colocar o curral em possíveis riscos, que leva o curral a perder o foco e estar a custar ter alimentação como petiscos.

É assim que a Poligamia do Poder descarta sem escrever nenhuma carta, Os animais sem sinais, da Paz e nem da independência, as coisas não vão, e não se dão, tudo em charlatão, disfarças forçadas em manter esforços de fazer manter a Poligamia.

Enquanto doença pandémica que cria enfermidades e animia, aos animais que fazem de contas acreditarem no tal impossível, tão invisível e divisível, por isso, não vale pena Bígamo e nem Polígamo, porque os filhos e netos, bisnetos ficam dispersos e pobres, e os seus Pais, e Encarregados ficam nobres, como resultados do Poder da Poligamia.

Que nem Bigamia, o gato sempre mia,
E a galinha na capoeira shia,
Agora, pergunto onde ia,
Porque a Bigamia e poligamia seria dirigido pelo cia,
Que não está cheio de máfia,
Mesmo enfrente e atrás na era ancestral ele seguia,
A Poligamia do Poder
É um farto sem rosto, mas com rosto da primazia,
Com discursos que podem levar a chegar a asia,
Por causa das suas magias do poder com palavras vazias.

Marcelino Roque Munine

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Marcelino Roque Munine, nasceu em Mocuba, em 25 de Fevereiro de 1988, província da Zambézia. Viveu no Quénia, Malawi, Zmbabwe, Tanzania, Africa do Sul, Alemanha e Italiana sua mocidade a fazer o curso teocrático, e no ano 2005 volta a Moçambique, leccionou na Escola privada de New Apostolic Church-Mocuba e na Fátima internationalschool as disciplinas Social Science e Mathematics terceiro, quarto quinto nível de ensino. Foi formado no IFP-Quelimane em 2008, professor da língua Inglesa no Aparelho do Estado desde 2020, concluiu a licenciatura em ensino em de Inglês e habilidades em ensino do Português. 2024: finalista em curso do Mestrado em Políticas. Filho de Roque Munine e de Mariana Muatocuene heróis moçambicanos (veteranos de Luta de Libertação Nacional de Moçambique) frentes em particular de Niassa desde 1960-1975,recidente de Mocuba, nascido, educado e forjado no combate de resistência libertador e defensor dos ideais dos seus progenitores nas suas ilustradas obras, obras do Bem-Estar do povo moçambicano e de Unidade Nacional.

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