“Casa tomada”, conto que abre Bestiário, é um dos relatos mais intensos e subjetivos de Julio Cortázar. Como afirma na frase que nunca disse – que no conto o autor precisa vencer por nocaute –, Cortázar leva o leitor à lona em meia dúzia de página.
Era uma vez um rei, moço e valente, senhor de um reino abundante em cidades e searas, que partira a batalhar por terras distantes, deixando solitária e triste a sua rainha e um filhinho
“Os olhos encantados de uma afogada em lágrimas” por Edmir Carvalho Bezerra
Madrugou de nenhuma insônia dar conta. Pronto estava que Tereza adormeceu com um semblante de anja. O Pajelo estava feito. Curada Tereza, benza a Deus.
“A profecia autocumprida” – por Gabriel García Márquez
Os filhos lhe perguntam o que aconteceu e ela lhes responde: — Não sei, mas amanheci com o pressentimento de que algo muito grave vai acontecer em nosso povoado.
Vivemos longe de nós, em distante fingimento. Desaparecemo-nos. Porque nos preferimos nessa escuridão interior? Talvez porque o escuro junta as coisas, costura os fios do disperso.