Prosa

Eu fico latindo para Clarice e ela – que entende o significado de meus latidos – escreve o que eu lhe conto.
Tinha 30 anos quando decidiu: a partir de hoje nunca mais lavarei a cabeça. Passou o pente devagar nos cabelos, pela última vez molhados.
a velha hasteia o galho, há no semblante uma combinação de justiça e repulsa,
Não pode acenar da janela com seu jeito simples quando vou para a escola. Já não pode fazer aquele arroz com lentilha que eu demorei tanto a descobrir o quanto gostava
Uma tarde, eram quatro horas, o sr. X… voltava à sua casa para jantar. O apetite que levava não o fez reparar em um cabriolé1 que estava parado à sua porta.
Aí está, meu Maria… Acabou. Acabou o seu eterno sofrimento e acabou o meu sofrimento por sua causa. Na madrugada de 15 de outubro em que, em frente aos pinheirais destas montanhas queridas
Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro entre os objetos a folha seca, engelhada, morta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto como lembrança. E também porque sei que novas folhas coincidirão comigo.
ão sei o nome desse poeta, acho que boliviano; apenas lhe conheço um poema, ensinado por um amigo. E só guardei os primeiros versos: Trabajar era bueno en el Sur. Cortar los árboles, hacer canoas de los troncos(*).