a câmara elemento da rasura
transmudar o monólogo obscuro emagrece o tempo contrária plenitude imperfeita cai azeda palavra há sempre limites para o exílio de textura vertical penumbra os ângulos auroras de meia superfície molham a relva tarde os papéis brancos infernos ainda um corpo imperativa bainha defeito lençol nascimentos esquecimentos descobrimentos de rima relvado poema fumaça da água viva conjunção os escombros mastigado avesso árvores plana geometria parada lança rasura a transparência devolve a montanha outra lavra
dimensões ossificadas chaves
a chave treme no repouso da porta a janela ronda pequeno porto tudo dispersa apesar da ruga inglesa as persianas estradas paredadas em negrito partes sufocadas voltam em gestos confusos sem lâmpadas dormia a criança na inscrição falava umberto saba vivo a um povo de mortos possesso certamente malo conhecido destroço no sul da ilha perfurado céu metálico mar as raízes desta estalagem telegráficos beijos espessos numerosos lábios perdiam as chaves adormece na mesma semana outra mão à direita unia as pálpebras ao tecido germe ossificadas chaves sem portes
Abreu Praxe
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