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“Então, para que vivemos?” – Uma belíssima crônica moçambicana de Marcelino Roque Munine

Moçambique — Ilustração da crônica

Então, para quem vivemos?
Se o poder, o direito, e a legitimidade já não temos!

Voz, que, porém, não chega de ser a voz, Moçambique parece um país sem princípio.
Toda a vida dos cidadãos é feita pelo imenso sacrifício, as criatividades, iniciativas dos Jovens são feitas sem ofício, até os representantes do governo lhes custa fazer agendas em comício.

Esse é o meu país, onde para viver melhor, é necessário aceitar o errado e o impossível, batendo as palmas, como forma paradigmática de garantir assegurar a estabilidade falsa das almas. É essa, a particularidade criada pelos legitimados dirigentes, com caras de falsidades alegadamente seguras só para sugar as gentes. Gentes que desconhecem as coisas e suas direções até sem mentes, na qual os seus direitos, pensamentos são vistas precárias assim como se fossem as inutilidades das sementes.

A questão é: o que esperas? Se a honestidade e lealdade já era! Nessa nossa terra.
Quando há espaço de manter desculpas, são organizados como momentos de culpas. Seria desta vez, que talvez, deveriam ser adotadas as políticas públicas governamentais visíveis para divez.
Agora isso já não existe. Já viste! Até comunicamos quando pecamos! Enquanto estamos amarrados, desrespeitados e torturados. A vivermos qualquerizados, assim como se fossemos da espécie de um rato que a sua vida é dispercebível, seja perto do homem ou no mato.

E nessa vertente com o homem, a única diferença é de calçar o sapato, e o uso da linguagem, portanto. Enquanto não é tanto. Isso, é o que bastante sinto, ao amanhecer;
Optamos em fazer e dar um falso parecer para cada coisa de actividade, sem piedade e nem seriedade. Dentro da nossa Gloriosa comunidade, a qual seria considerada como se fosse a verdade da nossa maternidade, pela sua experiência e integridade.

Somos nós, quando alguém vem com bons princípios e boas acções, não acreditamos, porque muitas vezes pela nossa ignorância e arrogância, fingimos que lutamos! Enquanto são obras que não aproveitamos!

Por mais que sejam tecnicamente coisas que nós pensamos que inventamos! Oh, francamente vos digo que falhamos. Assim como pensamos que a escola, é o local que se deve ir com sacola. Virando e tornando como a nossa artimanha, mesmo sabendo que não possuímos mola, para nem se quer comprar uma Coca-Cola.

Sem deixar de lado nenhuma bola, que só se vê na Matola que quando a criança vê na televisão, fica tola!

Em Moçambique, meu lindo país, muitos jovens com boas ideias e convincentes são torturados, mal vistos, mal interpretados, considerados inimigos e presos enquanto inocentes, os seus direitos, plasmados em vários documentos normativos da pátria, são ignorados. Enquanto deveriam ser honrados!

Este, é o meu país. Onde não se consegue discernir entre azar e a sorte, uma vez que os cidadãos são honrados após a sua morte. Enquanto vivos com bons princípios são vistos como se fossem pessoas do norte, que para serem apuradas as suas políticas construtivas e proactivas, precisam de tratar o passaporte.

As ideias e acções da nossa Gloriosa juventude, fingimos que não vemos.

Então, para quem vivemos? Se o poder, o direito, e a legitimidade já não temos!

Para um jovem sem mãe e nem pai, ser acreditado, precisa de ser decretado, ou então espancado! Como o resultado do espantado.

O país, está dispulhado parece que não há sentadas na mesa e com as acções não boas que os cidadãos vivem, quando os jovens reflectem a consciência lhes pesa o pensamento lógico.

Marcelino Roque Munine, 2025

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Remisson Aniceto

Bom iniciar a quinta-feira com tão bela leitura. Obrigado por nos brindar com esta crônica, Marcelino.

Marcelino Roque Munine

Não tem de quê agradecer Prezado Preclaro Remisson, uma vez que a escrita é terapêutica! Todavia cientes.

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