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‘Demasiado Humano’, por Antonio Pimenta

Desenho do Homem de Lata de O Mágico de Oz com um coração

Quem se lembra de quando o Homem de Lata aparece para Dorothy em o Mágico de Oz? A garota o ajuda colocando óleo em suas partes enferrujadas e ele a acompanha pela estrada de tijolos amarelos até encontrarem o Grande Oz. Ao longo do livro percebemos que o seu maior desejo, que era ter um coração, na verdade é a característica que ele possui em excesso. Várias vezes chorando e enferrujando outra vez. Para as crianças todas as idades que leram ou acompanharam alguma das adaptações do clássico, aquele personagem feito de ferro, é muito humano e diversos momentos.

Outros seres feitos de lata e de materiais mais, ou menos, resistentes também cativaram a imaginação de leitores e espectadores. Pretendo mostrar o lado humano de algum desses seres.

Já que começamos com o Homem de Lata, falaremos sobre Pinocchio, criado por um escritor italiano e imortalizado pelo filme da Disney. Na história Geppetto sonhava em ter um filho, e seu boneco de madeira acaba ganhando vida. Apesar de fazer tudo que um menino da sua idade faria, ele não é humano, para isso precisa provar o seu valor e depois de muitas aventuras e mentiras, finalmente ele consegue.

Passamos para outro personagem que custou a entender o papel que desempenhava no mundo. Criado através de diversas partes humanas, o monstro criado pelo Doutor Frankenstein, não era considerado humano. Muitos questionamentos sobre a religião e a criação da vida são levantados. Tento todas as partes de seu corpo feitas do mesmo material que o seu próprio criador, inclusive desenvolvendo sentimentos e inteligência, seria a criatura um ser humano ou apenas um monstro? Ou o verdadeiro monstro seria o seu criador?

Um salto temporal para falarmos de Dolores, personagem da série Westworld. Como muitos outros personagens do parque temático em que humanos podem interagir com robôs, diversas vezes nos questionamos quem são os verdadeiros humanos. Para quem ainda não assistiu a série, prestem atenção na personagem de Dolores, que todos os dias reinicia a história, mas cada vez algo diferente acontece. Aos poucos vamos juntando peças do que pode ser a explicação para descobrir quem realmente possui humanidade no parque.

Antes de terminar o post, lembrei do segundo filme do Exterminador do Futuro, em que menino ao ser protegido pelo Schwarzenegger versão androide, é considerado pela mãe dele o melhor pai que ele já teve. O exterminador estava programado apenas para proteger o menino, não tinha sentimentos, mas como muitos pais não conseguem desenvolver nem mesmo essa única missão, fica aqui a menção a humanidade do androide.

Poderia citar muitos outros casos, deixo a vocês esse post em aberto, para colocarem nos comentários outros exemplos de máquinas ou seres que sonham ou que demonstram humanidade, mesmo não sendo considerados humanos de verdade.


Antonio Pimenta
antoniopimentablog.wordpress.com/

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