
OUTONO
見送りのうしろや寂し秋の風
miokuri no / ushiro ya sabishi / aki no kaze
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(1688)
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Na despedida
as costas! Solitário
vento de outono.
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旅に飽きてけふ幾日やら秋の風
tabi ni akite / kyō ikuka yara / aki no kaze
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(1688)
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Cansei da viagem
hoje faz quantos dias?
Vento de outono.
INVERNO
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冬の日や馬上に氷る影法師
fuyu no hi ya / bashō ni kōru / kagebōshi
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(entre 1687 e 88)
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O sol de inverno:
a cavalo congela
a minha sombra.
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霜を着て風を敷き寝の捨子哉
shimo o kite / kaze o shikine no / sutego kana
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(entre 1662 e 1669)
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Veste geada
e se forra de vento
bebê na rua.
PRIMAVERA
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蝶鳥の浮つき立つや花の雲
chō tori no / uwatsuki tatsu ya / hana no kumo
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(entre 1684 e 1694)
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Borboletas e
aves agitam voo:
nuvem de flores.
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なほ見たし花に明け行く神の顔
nao mitashi / hana ni ake yuku / kami no kao
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(1688)
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Quero ainda ver
nas flores no amanhecer
a face de um deus.
VERÃO
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ほととぎす今は俳諧師なき世哉
hototogisu / ima wa haikaishi / naki yo kana
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(entre 1681 e 1683)
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Vozes das aves.
Nessas horas, um poeta
não tem mais mundo.
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わが宿は蚊の小さきを馳走かな
waga yado wa / ka no chiisaki o / chisō kana
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(1690)
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Na minha casa
pernilongo pequeno
é o que ofereço…
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五月雨に鶴の足短くなれり
samidare ni / tsuru no ashi / mijikaku nareri
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(1681)
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Chuva de verão
perna de garça
então se torna curta.
SEM ESTAÇÃO
月花もなくて酒のむ独りかな
tsuki hana mo / nakute sake nomu / hitori kana
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(1689)
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Que lua, que flor
nada, bebo umas doses
aqui sozinho.
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– Matsuo Bashô. dez hokku (haikai).. [tradução Gustavo Frade]. in: FRADE, Gustavo. Dez poemas de Matsuo Bashô. in: Em Tese, Belo Horizonte, v. 20 n. 2 maio-ago. 2014, p. 137-146. Disponível no link. (acessado em 12.8.2016.
