Quando olho para o
O mar
Sinto que é dele
O meu pertencimento.
•••
Por ser criança
tinha alma de jardim
e nem cabia
tanta flor…
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O RIO DOS MEUS OLHOS
Flutuações ante um espelho
rios cansados a correr pelos olhos
esperanças que encurtam distâncias
E se revelam saciadas de lonjuras
Aves no horizonte
cascatas cantantes
luzes de um sonho
perdido e flamejante
Como uma estrela atrasada
bem no meio do cosmo
Pétala rutilante, cometa fragmentado
num céu de
Rosas brancas.
⁜
Eram muitos os oceanos
que eu flagrava
Nos olhos
Da minha mãe…
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UM GRÃO de BELEZA
Raspei do tacho o resto
Do mar
Para que caiba no espaço do poema
Que alguém viva da luz das palavras
Nos versos
para que se crie felicidade na pele das coisas
Fava rara de luz que unge o céu
na pele da paisagem componho sinos distantes
Que rastreiam o jardim do sonho
Pontos rasgados de um Sol antigo
como quem mora na palavra não pronunciada
E espera no vazio das horas
Um ínfimo “grain de Beauté”
Para abduzir as dores do mundo
E renascer na alma de todas as mais puras coisas.
✿
Aqueles versos
Nasceram para fatiar horizontes
São o sol de Deus no papel.
•••
Desacertos
Por não ter
Aptidão para
Descobertas
Sou o que
Não sou
– Ainda não me conheci –
Parto sem saber
Do que fui
Ou viria a ser
Tantos eus em
Desconcerto
Me desconfio tanto,
e
Não acerto
Elke Lubitz
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Leia outros poemas e reflexões da autora no Ver-O-Poema.
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Divina, poesia pura.
Obrigada, poeta querida!
Obrigada, poeta Edmir Bezerra, estar neste site é motivo de muita honra e alegria.
Lindos poemas, Elke. Também me sinto pertencente ao mar, à imensidão azul do mar. Um abraço.
Honrada, poeta imenso! Muito obrigada pelas gentis palavras!