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posts em: Poesia Contemporânea

Neste livro de poemas, Adrienne Savazoni compartilha que, como espécie, não somos os únicos a sofrer diante da vida, sem brilho nesse universo intenso e vasto, escuro que ri do infinito de nossa efemeridade.
Segue adiante como quem mastiga pedras para lembrar que existe mandíbula e que a dor ainda responde pelo seu nome.
Não te enganes: viajar é aborrecido. Num ponto, ao menos, todos os lugares se parecem: neles já se passou algo terrível. As viagens cansam e são tristes.
Quando voava com as asas dos beijos e o coração feito um mineral singular de beleza, de cantar fácil e que via o riso em tudo
O carvão, neste corpo de menino misturado de pedra e aguardente É missão onde fica, tão mofino quando morre da vida, de repente
Não toques nos objetos imediatos. A harmonia queima. Por mais leve que seja um bule ou uma chávena, são loucos todos os objetos.
Passou na rua o poeta segurando os ouvidos na cabeleira. No passo, o tropeço torto de quem tem pressa, na cintura vasos de roseiras pendurados, arrastando livros dentro de gaiolas
Deixei as nuvens moverem meu corpo Até um milhão de brisas dançarem sobre as rosas