Adonis em Ver-O-Poema: O Bosque da Esperança e Alquds em Concerto
“Na Lua há uma fenda erótica cavada pela política”, disse um astrônomo.
“Na Terra há buracos que parecem os do corpo humano”
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“Na Lua há uma fenda erótica cavada pela política”, disse um astrônomo.
“Na Terra há buracos que parecem os do corpo humano”
O que pode a poesia diante do tempo e da memória? O que pode a poesia diante do espanto da Vida de uma vida e do Tempo de todos os tempos que sempre nos encontra em algum lugar anywhere out of the world?
Com o cansaço frio e a dor mansa
Tenho nos olhos uma solidão crescente
Há um som de palavras na distância
O sol, na areia, aquece, ó brava adormecida,
O ouro da tua coma em banho langoroso,
Queimando o seu incenso em tua face aguerrida
Jorge de Lima (1893-1953) é um dos pilares do Modernismo brasileiro. Sua obra transita entre o Nordeste mítico, a religiosidade profunda, o lirismo cotidiano e a experimentação formal.
Os primeiros meninos que viram o volume escuro e silencioso que se aproximava pelo mar imaginaram que era um barco inimigo.
Pirataria em pleno ar.
A faca nas costelas da aeromoça.
Flocos despencando pelos cantos
As cigarras começaram de novo, brutas e brutas.
Nem um pouco delicadas as cigarras são.