Poesia

Leve-me então ao improvável, à palavra muda, ao estampido tácito, ao ar ausente, leve-me
Zênite: tudo se esvai no ímpeto de acordar pela sombra os recifes Despertar dum sonho nu Espraio me dum cais etéreo Súbito solto a recordação Vagando até o molhe do espírito liberto
Oh, meu país! Onde ninguém consegue identificar-se com a sua raiz Oh, meu lindo país Moçambique! Será que essa vida é de estique!ª?
Uma criança sem os olhos faz pose na frente da minha câmera sou fotógrafo de ausentes
havia uma casa de prostituição e nela a mulher mais bonita era a Lambretinha. Assim era conhecida.
A destruição pela guerra Em que corvos nos céus Abrem covas, mausoléus
meu amor, minha irmã no ritmo de teus primeiros passos de teu sorriso de beleza luminosa
Azulejar o verbo: catártica construção da cérvix ao hálux do tálamo ao cóccix Azulejar palavras na geometria do divino: