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posts em: poesia

Já não sou mais eu Estou enfeitiçada, e agora o que fazer?
Matam Outros homens Outras crianças Outras mulheres Outras florestas Outros pretos Outros brancos Outros amarelos
A estrela chorou rosa ao céu de tua orelha. O infinito rolou branco, da nuca aos rins. O mar perolou ruivo em tua teta vermelha.
Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora. Quando se pôde abrir as janelas…
“…Por isso é que me recusava muitas vezes. queria o fio lá de cima, o tenso que o OUTRO segura, o OUTRO, entendes?”
São poemas para a gente não sufocar quando o fim do mundo senta em nosso peito.
“Desde os cinco anos, ainda na minha terra natal (Muaná, Marajó), vivia constantemente presa de encantamento por tudo o que me cercava: das pupunheiras torcidas pela fúria incoercível dos ventos errantes;
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.